terça-feira, 8 de outubro de 2013

Poema do Telhamento

Sois membro de uma Irmandade?
Como tal, tenho sido.
Com toda sinceridade,
Amado e reconhecido.

Donde vindes afinal?
Meu lar tem nome de um Santo,
Do justo é casa ideal
E perfeito o meu recanto.

Que trazeis meu caro amigo?
A mais perfeita amizade,
Aos que se encontram comigo,
Trago paz e prosperidade.

Trazeis, também, algo mais?
Do dono da minha casa,
Três abraços fraternais
Calorosos como brasa.

Que se faz em vossa terra?
Para o bem, templo colosso;
Para o mal, nós temos guerra;
Para o vício, calabouço.

Que vindes então fazer?
Sendo pedra embrutecida,
Venho estudar, aprender,
Progredir, mudar a vida.

Que quereis de nós, varão?
Um lugar neste recinto,
Pois trago no coração
O amor que vos sinto.

Sentai-vos querido Irmão,
Nesta augusta casa nossa
E sabeis que esta mansão
Também é morada vossa.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

ENXERGUE O PRESENTE


Viver no passado ou no futuro é não viver...

Estar consciente do aqui e agora é o único meio de enxergar a felicidade...

As pessoas não se sentem felizes, exatamente por não colocar a felicidade onde estão...

No futuro ou no passado não tem como você estar...

Você vive no aqui e agora... Se quiser ser feliz é bom enxergar isso.


Solte-se para a vida, entregue seu coração... Não segure seu amor... É melhor aprender a amar e se doar do que passar a vida a sofrer, por não ter ousado se entregar, sem às expectativas se apegar... Isso passa a te oprimir e não deixa a felicidade te encontrar...

Viver na perseguição daquilo que virá é não viver... Aquele que presta atenção apenas em suas previsões, seus desejos, não está sentindo a vida... Está passando pelas situações sem perceber... Quando se der conta, sua vida está no fim e então perceberá que ele apenas buscou a vida, mas de fato nunca viveu...

O amor verdadeiro é aquele que a pessoa deixa a amada livre, confiando que se ela corresponder a seu amor, nunca vai paritr de você... Quanto mais livre você a deixar, mais ela vai dar valor ao amor e a liberdade, pois ela sente a confiança que você tem em si e a que deposita nela...

AS PENEIRAS DE HIRAN


Meia noite em ponto!
Mais uma jornada na construção do Templo terminara.
Cansado por mais um dia, Mestre Hiram recostou-se sob o frescor do Ébano para o tão merecido descanso. Eis que, surgindo em sua direção, aproxima-se o Mestre primeiro construtor que lhe diz:
- Mestre Hiram vou lhe contar o que disseram do segundo Mestre Construtor...  Hiram com sua infinita sabedoria responde:                                                                                                          
- Calma, meu bom mestre, antes de me contar algo que possa ter relevância, já passou a informação pelas peneiras da sabedoria?
- Mestre Hiran, não me foram mostradas, respondeu.
-Verdade  mestre construtor, só não te ensinei sobre elas porque não era chegado o momento; porém escuta-me com atenção; tudo quanto te disseram dos outros, passe antes pelas peneiras da sabedoria que são três. E na primeira que é a peneira da VERDADE, eu te pergunto: 
- Tens certeza de que , o que te contaram é realmente a verdade? Meio sem jeito o mestre primeiro construtor respondeu :
- Bom...  Mestre, não tenho certeza, só sei que me contaram. Hiram continuou:
-Então..., Senão tens certeza, á informação vazou pelos furos da primeira e repousa na segunda que é a peneira da BONDADE, e eu te pergunto:
- É alguma coisa que gostarias que dissessem de ti?
-De maneira alguma Mestre Hiram... Claro que não!
-Então a tua estória acaba de passar pelos furos da segunda peneira e caiu nas malhas da terceira e última, nesse caso te faço a uma última pergunta:
-Acha mesmo necessário passar adiante essa estória sobre  seus irmão e companheiros?
- Realmente Mestre Hiram, pensando com a luz da razão, não há necessidade. Mestre Hiram concluiu:
- Então ela acaba de vazar os três furos perdendo-se na imensa terra,não sobrou nada sábio para me contar a respeito dos outros.
- Entendi poderoso Mestre Hiram de  agora em diante somente boas palavras terão caminho em minha boca. O Mestre Hiram satisfeito disse:
-És agora um Mestre completo, vai pelo mundo e constrói os Templos externos, pois terminaste a obra de seu templo Interior; zele que  seu coração fique sempre limpo a fim que todos de que todos ao seu redor  sintam-se  acolhidos por você.

FIM DE UMA CIVILIZAÇÃO.

"Qualquer civilização tem prenúncios de fim quando seus componentes perdem a noção de disciplina, ordem, ética e respeito. Quando o poder é dividido em negociatas excusas em detrimento do bem estar de uma nação. Foi assim com o Império Romano e é para esse fim que estamos caminhando. A curva está descendente. Evoluimos em Tecnologia mas perdemos o que de mais importante po
deríamos desenvolver, a consciência humana. Com exceção de alguns que, sobrevivem por ainda acreditarem em transfomação, vemos o Caos se instalar vertiginosamente com o carro chefe das drogas, das falsas religiões, dos falsos chefes de estado e de uma sociopatia sem limites. Não creio em milagres mas, a nossa civilização está urgentemente precisando de um. Creio que daqui para frente
o que veremos é um aumento da inversão de valores, de violência, de agressões de todo tipo, para no fim, não nos restar nada a não ser o sentido da sobrevivência". 

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O brilho voltará

Seus olhos me vem
Quando me distraio
Por que não cruzamos
E deixamos tudo fluir

Logo eu voltarei a abrir
Os olhos pela porta
E você voltará a encontrar
O tempo que perdemos

Quando meu corpo cansar
Quando meu coração parar
Terei sempre você
Você em mim

Em um lugar bom
Tudo acontecerá e
Enfim teremos o
Amor para morar

Logo acontecerá o encontrar
Não há nada mais
Além pra mim e
A vida voltará com
Sorriso e crescerá

A vida ainda trará você
E amanhã será
Um novo dia
A vida brilhará
E o nosso amor viverá!

Renan Pessôa

segunda-feira, 28 de março de 2011

A 1° parte do conto que estou produzindo.

O olhar de um sonho. Part. 01

Sinto minhas pálpebras pesadas como se houvesse medo em entorno de mim, algo está por vir;
Ela se abre de forma lenda e calma me deixando finalmente acordar, na cama em que me encontro deitado, ouço murmúrio e gritos desordenados e desesperados me causando uma intensa aflição do que poderia estar acontecendo fora daquele lugar.
Levanto-me ainda cansado e preocupado em saber o que está havendo, me dirijo até a porta; abro-a de forma lenta e cautelosa espiando curiosamente pela pequena fresta que se abria, vejo então, um verdadeiro pandemônio. Uma senhora que parece ter uma frágil saúde tenta me avisar que temos visitas estrangeiras em nosso navio, aquilo me soou de forma estranha e confusa por que o barco tinha alcançado a sua lotação máxima. No fundo eu sentia algo muito estranho no ar que consumia toda minha atenção, voltou, e visto uma bela roupa e saio do meu quarto para finalmente tentar entender o que estava acontecendo de fato dentro do meu barco, estava preocupado que toda essa confusão atrapalhasse a minha sonhada viagem; eu mal sabia quão bela viajem estava por vir, essa incerteza mudaria a minha vida.
Dirijo-me calmamente em meio aquele caos para o salão principal do barco, que para minha tristeza vejo o nosso barco rendido por mercenários, eles estavam covardemente rendendo toda a tripulação da embarcação, com o objetivo de subjugá-los a escravidão, eu confesso a minha impotência e medo ao me deparar com aquela nova realidade. Passei algum tempo mergulhado em profundos devaneios. Minha mente se torna agora um turbilhão incontrolável de pensamentos desconexos até que me aproveito da distração dos mercenários e consigo sair despercebido do salão em que me encontrava, procurei uma sala segura para me esconder andei por um tempo, tive sorte daqueles animais não conseguirem me pegar até o momento em que encontrei uma sala na parte superior do barco.
A pequena sala abrigava pessoas apavoradas e outras machucadas e tudo aquilo atropelava a minha alma, trazia uma dor e um desespero que me impossibilitava tomar qualquer atitude perante as circunstâncias a minha volta, era um carrossel de emoções incontrolável dentro da fragilidade do meu íntimo. Eu vivia um paradigma notável em toda aquela situação assustadora, eu queria acabar de forma heróica com aquela monstruosidade, porém, não sabia como, e o medo do inevitável era dominante, aquele lugar entrou em estado de sobrevivência, pouco se podia fazer a si mesmo, que dirá se tornar o salvador da pátria naquele inferno à deriva.
Em um breve momento de esfericidade, passo um inocente olhar pela janela e avisto a mulher mais bela que meus pobres olhos não acostumados com tamanha beleza haviam visto. Agora à batalha do vislumbre do meu olhar e a minha memória me diziam que eu conhecia aquela mulher, eu sabia que podia confiar nela...
Ela atenta, deve ter sentido o exalar dos meus sentimentos e observou-me com seu olhar fixo e gracioso, eu estático e surpreso com sua atitude me contentava em apenas admira-la em meio ao meu drama, naquele momento só tinha um pensamento, Deus me concedeu a visão mais bela antes da minha morte. Ela com todo seu amor estendeu sua delicada mão com quem dizia – Venha comigo e faça parte da minha vida: com aquilo nada entendi, mas algo eu sabia era a maior oportunidade que havia ganho na minha vida, respirei fundo enchendo o pulmão de ar tomando coragem para encarar seus olhos de perto. Tomei uma pequena distancia pensando em saltar até os braços daquela reluzente mulher, mas um pensamento simples assolava os meus músculos, eu tinha que conseguir saltar, por que caso contrário, eu cairia no mar e morreria afogado, mas pelo menos eu me livraria de todo o medo que pesava em meus ombros e se eu conseguisse o maior salto da minha vida, eu sabia que seria eternamente feliz ao lado daquela mulher, mas não havia o que pensar eu estava firmemente convencido que valia a pena saltar, como se jogasse uma moeda para o alto e ver se cairá cara ou coroa.
Assim eu o fiz, corri desesperadamente em direção a janela e saltei, saltei olhando os seus lindos olhos, observando-os como uma miragem esperando a minha sorte a cumprir o seu papel. Alcanço de forma abrupta e agarro a frágil e poderosa mão daquela mulher misteriosa que me ajudava naquele momento a me levantar. Quando olhei em seus olhos novamente tinha a plena certeza que eu a conhecia, já havia sentido a sua delicada pele antes, já havia provado dos seus macios lábios e recebido o afago do seu carinho. Toda aquela sensação consumia o meu espírito, finalmente pude ouvir o tom sereno de sua voz dizendo:
- Está tudo bem com você?
-Você parecia tão aflito!
Eu não conseguia me concentrar em sua pergunta, estava perdido na viajem interior nos caminhos da minha alma que a sua voz me impunha depois de um breve momento perdido me acho e querendo impressioná-la, impostei a minha voz de uma forma que até eu mesmo me surpreendi  e lhe disse:
- Agora estou bem, me sinto mais seguro ao seu lado
- Escapei de um destino terrível, Obrigado!
Ela com todo o seu glamour retruca a mim, dizendo:
- Agora você estará bem, Emannuel
- Pensei que nunca mais iria o ver, agora só dependerá de nós!
Eu a olhava tentando entender o que ali estava acontecendo, como poderia essa mulher saber o meu nome se nem mesmo eu aquela altura lembrava, mas algo nisso era bom e excitante, ela também me conhecia, então, toda aquela sensação de conhecê-la era recíproca, isso me deixava deveras feliz e confiante diante a sua forte presença. Eu fitando-a de forma implacável tentando entender o que ela quis dizer com ”Agora só dependerá de nós”, eu não podia decepcioná-la perguntando-a sobre o que dependia de nós me rendendo a um momento frágil, fiquei sem saber o que fazer; uma postura difícil para um homem como eu que tinha todas as respostas ou pelo menos acha que tinha. Nunca havia me sentido assim diante de mulher alguma ao longo da minha vida. É encantador o mistério que pairava no ar me sentindo extremamente atraído por isso.
Toda a situação era favorável para nós e eu queria com toda a minha força descobrir o que eu ainda não sabia, mas tinha que ser paciente esperando os momentos propícios para tal.
Ela agora me surpreendia novamente com suas palavras:
- Vamos para o meu quarto temos muito que conversar meu amor
- Vamos agora...
Eu rápido lhe disse:
- Claro, estou ansioso para ficar a sós com você.
Não foi dita sequer uma única palavra até chegarmos ao quarto dela. Assim que a porta do seu quarto se abriu senti um novo mundo de possibilidades para nós. Eu me encontrava em pé diante da sua cama olhando para ela deitada, completamente rendido a uma paixão avassaladora que não me fazia querer outra coisa a não ser me juntar a ela na cama, isso é algo que soa como loucura para outro alguém, como pode se apaixonar por uma mulher que você não conhece, quiçá lembrava o seu nome.
Agora o telefone do quarto toca, eu mesmo me dirijo para atender:
- Alô?
- Quem fala?
Ouço a voz de um funcionário da embarcação, dizendo:
- Tivemos um problema técnico no navio e teremos que aguardar a até amanhã para sermos socorridos por outro navio.
Fiquei confuso com a informação e preferi esclarecer melhor o problema
- Outro navio irá nos levar para casa?
O funcionário um pouco impaciente, responde:
- Sim Senhor, pela manhã virá um novo navio que os levará para casa!
Para mim já estava entendido e a minha preocupação nesse momento era me render à mulher deitada na cama. E assim eu fiz... Passamos o dia e a noite vivendo o amor como homem e mulher, tudo foi mágico e revigorante foi tudo como eu sempre sonhei que seria com a mulher da minha vida. Eu me deitava e amava aquela mulher misteriosa a mulher mais bela que já havia visto em toda minha jovem existência. Ela se apresentava deitada linda como um anjo de cabelos suavemente loiros, sorriso radiante, de corpo esculpido por querubins, com o olhar hipnotizador, sua voz é como o canto de uma sereia e seu ser foi pintado pelo mais genial dos artistas.
Durante nossa noite eternizada, reparei uma marca em seu colo que tudo passou a fazer sentido para mim a partir daquele momento. Essa mulher passou pela minha vida fazia muito tempo, tempo o suficiente para não me lembrar dela exatamente. Um dia eu tive um sonho que nos encontrávamos em uma praia deserta e nela tínhamos planejado nossas vidas fazendo juras amor. Nós amávamos com uma intensidade inenarrável. A grande lembrança do sonho foi uma marca de mordida que deixai em seu colo, marca essa que nunca esqueci e nunca esquecerei.
É inacreditável eu estar vendo ela aqui nos meus braços com a marca como se fosse à continuação de um sonho que jamais deveria ter terminado. Eu pensando naquilo perguntei-a como tinha ganhado aquela marca em seu colo?    
Ela me respondeu com um tom suave:
- Essa marca eu guardo para lembrar-me de você, foi você que a fez e é a você que ela pertence assim como eu.
Perplexo com sua forte afirmação, indago dizendo:
- Onde eu fizera essa marca em você?
Ela cama diz:
- Na nossa praia em um de nossos encontros.
Sua resposta me deixou muito intrigado e sabia que essa era hora para descobrir todo esse mistério. Então eu disse:
- Sei o quão intenso pareceu ser o nosso encontro mais foi apenas um sonho!
- Como pode você ter essa marca agora?
Ela continuava:
- Existem muitas coisas que a nossa limitada razão jamais entenderá.
- Isso foi algo que não temos resposta, nossa única certeza é a lembrança do que vivemos naquele dia.
- Nada mais importa agora, devemos cumprir a nossa caminhada!
Nada daquilo me convenceu, eu sou um homem defensor da razão e não aceito esse papo transcendental, apesar de sentir uma atração muito forte por essa mulher não entendia o que se passava em nossa conversa. Eu lembro como eu a chamava “Afrodite”, a deusa da beleza e do amor, ela adorava quando eu a chamava desse nome sentia-se a verdadeira deusa e eu um verdadeiro súdito leal e devotado por minha Senhora. Confesso que não sabia o que fazer naquele momento, não fazia idéia nem do que eu deveria questionar. Eu estava entregue ao amor de Afrodite da mesma forma que uma criança precisa do amor de sua mãe, era algo que me assustava. Se ela soubesse o que sinto nesse momento, talvez ela fosse mais suave em suas afirmações.
Ela volta a dizer:
- Parece estar estranhando tudo o que vivemos, parece distante em pensamentos.
- Vou lhe contar tudo que aconteceu até aqui Emannuel e suas dúvidas desapareceram.
Era puro gozo ouvir aquelas palavras saindo dos seus delicados lábios. Agora toda a tela ganharia sentido com as cores a revelar por suas palavras...
Repentinamente quando eu menos esperava ouço alguém bater na porta, nunca senti tanta raiva do que naquele momento, o mundo parou em um instante e me senti obrigado a abrir, por que aguardávamos uma posição sobre o navio de resgate. Foi o suficiente para desmontar o meu frágil castelo de baralho, em um piscar de olhos Afrodite desapareceu como mágica e eu não podia acreditar no que estava vendo. Meu sonho morreu ali comigo! Era muito real para ser somente um sonho... 

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O Perigo das Palavras

A beleza é a embriagues dos olhos do homem, é nela que as pessoas esquecem onde estão e entram em um estado profundo de torpor mental. A beleza é um dos inimigos mais severos dos homens fracos que não alcançam aquilo que realmente almejam. A beleza tole a razão humana e todo e qualquer tipo de reflexão pertinente ao seu redor.
O caro leitor nesse momento deve se perguntar pra onde foi a mente do autor para tantas palavras frias, eu o responderei:
A beleza engana os olhos do homem, para aqueles homens que enxergam com o globo ocular e não com a mente, estarás condenado a cair em um abismo que nem mesmo o mais corajoso dos heróis ousaria desafiar. Ao se aventurar nesse meandro sinuoso e perigoso estará irrevogavelmente em um estado de demência até que você arrancasse seus olhos e aprenda a enxergar sem eles.
Terei a coragem de citar esse paradoxo, a beleza é a verdadeira inimiga da beleza!
Agora faço o leitor questionar-se e desafiar-se com as minhas perguntas: O que seria aos seus olhos a verdadeira beleza? O que seria mais belo, a rosa ou a germinação da mesma? O que seria mais belo as esplendorosas imagens proporcionadas pelo sol ou a simples existência do mesmo?
Onde quero chegar com minhas confusas perguntas, é que os olhos do homem hoje, avista, admira e alcança somente aquilo que melhor agrada suas suntuosas vistas, aquilo que melhor conforta seus pensamentos ao deitar. Análise fria e superficial da vida ao meu entender. O homem hoje admira a forma e cores de um quadro e não o verdadeiro sentimento e mensagem deixada ali pelo pintor, o vermelho da rosa e não o seu desabrochar para a vida ou até mesmo a simples e maravilhosa sensação de sentir a sedosa pétala em seus dedos, o perfeito rosto da mulher e não o amor da mulher em sua graça. O homem não consegue mais mergulhar na essência e sentir a verdadeira beleza, por isso hoje a sociedade anda de olhos abertos, porém cegos por sua própria vaidade que vos força a enxergar somente o contorno das formas e não os seus detalhes e segredos.
Os olhos não sentem sentimentos, os olhos não tem memória, os olhos não tem cuidado, os olhos não pensam, os olhos não criam, os olhos não julgam, os olhos enganam, os olhos distorcem, os olhos mentem, os olhos traem, os olhos iludem, os olhos machucam, olhos verdadeiramente não enxergam e fragilizam você em relação a beleza e significado de sua existência. Julgai cada um de nós sobre o que seria a beleza e juremos tentar esquecer a visão superficial de sua face e tentar enxergar com os olhos da alma, enxergar o significado daquela expressão que chamaríamos de vida e engendrar a verdadeira beleza que nela ali existe de forma silenciosa.
Somente com o verdadeiro olhar podemos suplantar o materialismo e qualquer coisa que nos cegue e ampute a nossa torpe mente e aprisionada alma.
Ao homem em estado de inércia, seu mundo começa e termina onde sua visão míope da face alcança!